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Governo pode propor limite de precatórios como moeda de troca

Com a possibilidade de haver um limite de precatórios para moeda de troca, entenda o que pode mudar na decisão do governo.

Um possível limite de precatórios para o uso como moeda de pagamento em transações com a União voltou a ser pauta no governo federal. Isso porque, de acordo com uma minuta de uma portaria divulgada pela Folha de São Paulo, a equipe econômica do governo Lula pretende a fixação desta medida em todos os ministérios.

Em resumo, a proposta busca definir um teto máximo para abater pagamentos devidos à União, de modo a não permitir o uso total do valor dos precatórios. Por exemplo, na negociação de dívidas, concessões de infraestrutura ou até mesmo na venda de imóveis públicos.

Acompanhe o conteúdo exclusivo da Precato sobre o assunto e entenda como a implementação de um limite de precatórios como moeda de troca pode afetar os credores.

O que é o uso dos precatórios como moeda de troca?

Para entender o que pode acontecer caso se estabeleça um limite de precatórios para pagamentos da União, é preciso compreender como funcionam os precatórios como moeda de troca.

Segundo o Decreto 11.249/2022, as diretrizes para o uso dos títulos desta natureza para quitar dívidas com a União foram definidas. Entretanto, posteriormente, a Advocacia-Geral da União revogou a decisão. Ou seja, isso gerou incertezas no mercado, como por exemplo, durante a 7ª rodada do leilão da ANAC, em 2022.

Em outras palavras, significa que o próprio governo não deposita confiança nas dívidas que deve emitir, uma vez que mesmo sendo o órgão devedor, não pretende aceitar de forma integral que o credor utilize o valor do precatório para pagar ao Governo Federal.

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E o limite dos precatórios, como funcionaria?

Caso seja aprovado, a União estabeleceria um limite de precatórios aptos a participarem do encontro de contas entre o detentor do título e o governo. Ou seja, imagine um cenário onde uma empresa possui um valor a receber da União e decide adquirir um bem público, participar de uma concessão ou mesmo quitar dívidas fiscais.

Ainda que ela possua crédito com o governo, a regra só permitiria que uma parte do precatório pendente possa cobrir a dívida com a União.

No dia 17 de outubro, o ministro da Fazenda Fernando Haddad e Jorge Messias, da AGU, discutiram sobre a regulamentação do limite de precatórios e, posteriormente, aguarda-se que possa surgir uma portaria interministerial sobre o assunto.

Contudo, é importante explicar que a iniciativa não é nova e chegou a ser regulamentada no governo anterior. Mas agora, o próprio governo tem divergências internas sobre um possível risco jurídico. Afinal, implementar uma medida destas pode soar como restringir o uso de instrumentos autorizados pela Constituição Federal.

Caso aconteça o limite de precatórios, o credor sairá perdendo

Mais uma vez, a possibilidade de uma mudança na regra do uso de precatórios como moeda de troca, prejudica diretamente os credores dos títulos. Isso porque, principalmente no caso de empresas ou precatórios de valores maiores, isso significa permanecer na fila aguardando o pagamento. Por outro lado, a dívida com a União precisa ser paga, seja para efetivar uma negociação ou para manter a adimplência fiscal.

Em uma primeira versão da portaria, o governo realizou uma consulta pública, onde propunha fixar um limite de precatórios anual para este tipo de transação. Entretanto, a proposta foi desconsiderada. Sendo assim, cada ministério poderá decidir, no caso de validação da portaria interministerial, pelo valor máximo que eles receberão dos credores que possuem um precatório federal.

Para empresas que possuem precatórios e participam de leilões, qualquer medida que fixe um limite de precatórios como moeda de trocas é prejudicial. Por isso, o governo também já pensa em debater uma nova PEC dos precatórios. A intenção é solucionar a questão antes que o estoque de precatórios fique ainda maior. Atualmente, ele ultrapassa R$140 bilhões.

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Matheus Alvarenga

Especialista em direitos creditórios e sócio da Precato, empresa líder no Brasil em antecipação de Precatórios Federais. Atua desde 2012 no mercado financeiro, com mais de R$ 1 bilhão intermediados em operações.

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