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Precatórios em concessões: entenda a batalha da ANAC contra a União

Precatórios em concessões

Os precatórios em concessões se tornaram pauta de uma disputa judicial entre a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e o Governo Federal. Isso porque, conforme determinação da Advocacia-Geral da União (AGU), o pagamento da União com precatórios está suspenso desde o dia 15 de março de 2023.

Contudo, a AGU e a Fazenda decidiram reabrir a discussão sobre as normas para uso de precatório no pagamento de outorgas, mas isso não foi suficiente para reduzir o quadro de insegurança.

Para entender melhor o que são os precatórios em concessões e o motivo da ANAC travar uma batalha judicial sobre eles, a Precato preparou este artigo exclusivo. Confira conosco e boa leitura!

Afinal, o que são precatórios em concessões?

Os precatórios em concessões são os títulos públicos federais, com valor superior a 60 salários mínimos onde o credor os utiliza para participar de outorgas do governo. Por exemplo, empresas que possuem precatórios para receber da União optam por pagar à União quando é vencedora de um leilão público, com os títulos que o governo tem de dívida com elas.

Em resumo, desde a promulgação da EC 113, resultante a partir da PEC dos Precatórios, o artigo 100 da Constituição autoriza o uso de precatórios para pagamento de outorga de delegações de serviços públicos ou concessões negociais da União.

Entretanto, em 2022, o Decreto 11.249 publicou novas regras deste tipo de transação. Com isso, a ANAC sinalizou sobre a preocupação de utilizar um precatório como moeda de troca. Segundo a agência, isso poderia comprometer a estabilidade financeira destes projetos.

Afinal, o procedimento significa que a ANAC passaria a ser a credora dos títulos. Oue seja, ao invés de acessar os recursos de modo imediato, precisaria aguardar para receber os precatórios em concessões.

Posição da ANAC sobre os precatórios em concessão de aeroportos

Devido a inexistência de regras transparentes e claras sobre o uso de precatórios em concessões, a ANAC demonstrou que pode acionar a justiça para solucionar a questão. Isso porque, de acordo com a AGU, o uso dos títulos está temporariamente suspenso até que o governo crie diretrizes para regulamentá-lo.

Segundo especialistas, a utilização de precatórios em concessões no atual modelo pode gerar a desconfiança de investidores e gerar incertezas no mercado financeiro. Por isso, a ANAC prepara uma defesa jurídica contra o procedimento.

Por fim, não é possível prever qual o cenário se mostrará viável nos próximos meses, uma vez que a União não apresentou uma decisão final sobre a medida. Logo, é importante acompanhar os próximos capítulos sobre a questão.

Para isso, é só continuar conosco aqui no Blog da Precato, e acessar conteúdos ricos e explicativos sobre tudo que envolve os precatórios.

E você que nos lê, o que pensa sobre a polêmica? Caso queira, deixe um comentário abaixo e participe da discussão que envolve os precatórios em concessões.

Matheus Alvarenga

Especialista em direitos creditórios e sócio da Precato, empresa líder no Brasil em antecipação de Precatórios Federais. Atua desde 2012 no mercado financeiro, com mais de R$ 1 bilhão intermediados em operações.

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